Eu ia comprar um branco, de um senhor com seus 50 anos, que estava vendendo o carro que era de sua mãe (!). Já tinha me apaixonado nessa época pelo modelo. Mas surgiu uma oportunidade na mesma época. Comprei de um amigo que cuidava muitíssimo bem de um bordô, que por sua vez comprou de um "colecionador", de tanto que era preservado. Estava impecável, embora um carro com tantos anos de uso sempre requer uma boa dose de manutenção (câmbio, arranque e sistema de direção me deixaram na mão). Mas seu conforto e potência eram indiscutíveis: luz cortesia de leitura até para passageiro traseiro, que também contava com descansa braços e cinzeiro; bancos de veludo e forração completa nas portas; iluminação no porta-malas que era todo acarpetado; ar-condicionado congelante; um Uno macio - acredite - por conta dos novos amortecedores e pneus Michelin. Aos 3.500 giros ele levantava a frente, a velocidade aumenta e quase não pede troca de marchas: independente da que estiver, ele aceita retomar. Fantástico para brincar! Como estou acostumado a carros de mil cilindradas, achei que bebia gasolina, e, precisando grana foi vendido com pouco tempo em minhas mãos. Mas deixará saudades, afinal, não é sempre que se tem um esportivo desses nas mãos.
Charmoso e invocado, era vermelho bordô todo design original: faixas laterias cinza com grafismo 1.6R mpi; tampa traseira e aerofólio cinza fosco, também com grafismo; sinaleiras fumê; rodas de liga originais (mas estavam diamantadas); faróis de neblina incorporados ao para-choque; retrovisores da cor do carro; vidros traseiros basculantes, que deixavam mais suave o desenho, por não ter a borracha externa; moldura plástica que alargavam os paralamas. Tudo original.
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